SUMÁRIO


Por em 5 de fevereiro de 2020

Retail Design: garantia de mercado requer investimento em inovação

Concorrência, preços, qualidade do produto, novas tecnologias, mudanças de hábitos, estes e inúmeros outros quesitos impactam diariamente na decisão do consumidor. 

O empresário que não estiver atento a todos os fatores que levam o cliente às compras ou à escolha de uma determinada loja pode perder vendas, clientela e faturamento.

 O comerciante deve se manter receptivo às novidades do setor para não deixar seu varejo ficar para trás e acabar perdendo espaço para a concorrência. 

No caso dos supermercados, a automação, os serviços diferenciados, restaurantes e lanchonetes internas e os alimentos prontos são tendências para estabelecer um negócio moderno. Outra que chega forte ao setor é a adoção do retail design.

Acompanhe a nossa publicação de hoje para saber mais sobre esse assunto.

Conheça o Retail Design

Retail design ou design de varejo é o conceito em que a arquitetura, a operação de varejo e a identidade visual são planejadas de forma integrada. O objetivo é proporcionar ao cliente uma experiência de compra satisfatória e otimizar as ações operacionais, com consequente economia de custos.

Aplicação prática do design de varejo

A modalidade é diferente de um projeto de arquitetura e decoração normal. Neste conceito, operação, identidade arquitetônica e identidade da marca são planejadas de forma integrada, para criar uma experiência marcante no consumidor.

O conceito dá personalidade ao negócio, fazendo com que ele tenha um significado para o cliente. A ferramenta é utilizada para que todos os potenciais da marca ou loja sejam utilizados e, assim, fidelize o consumidor.

“O empresário que não tiver o cuidado de proporcionar ao seu cliente uma boa experiência de compra está fadado a perder espaço, clientes, vendas e faturamento. O consumidor está cada vez mais informado e exigente e o cenário para as vendas do varejo tem mudado muito nos últimos cinco anos”, aponta o publicitário Danilo Rondinelli, um dos sócios da Total Varejo, empresa especializada em retail design.

O publicitário destaca que todo empresário ou comerciante precisa estudar e conhecer bem o negócio, seja no momento em que vai inaugurar uma loja ou quando for fazer uma ampla reforma.

“Importante conhecer a jornada de compra do cliente, entender a experiência de venda. Analisar qual é ou será o seu público, quais as limitações operacionais, tipos de produtos que terá à venda. A partir daí, construir um layout onde o consumidor sinta vontade de estar e comprar, sem nem mesmo saber explicar as razões”.

A loja deve estar organizada, os produtos devem estar expostos de forma que o consumidor possa percorrer o ambiente e conhecer o contexto sozinho, sem a necessidade de um atendente, otimizando a equipe de trabalho.

O conceito atinge também os funcionários, que se sentem mais confortáveis, dispostos e valorizados por trabalharem em um lugar pensado, projetado, bonito e organizado.

Valorização dos sentidos ao consumir 

Fatores ligados ao comportamento humano também influenciam o consumidor na hora da compra.

Por exemplo, todas as pessoas entram em um estabelecimento comercial pelo lado direito e fazem suas compras no sentido anti-horário, ou seja, da direita para a esquerda. 

Isto é explicado pela neurociência e a informação é usada pelo neuromarketing, conceito que trabalha o comportamento do consumidor. O cérebro se apega a cores, sons, texturas, cheiros e tudo que gere, de alguma forma, sentimentos e emoções. 

Baseado nisso, quais sentimentos o supermercado, loja ou comércio está passando para os clientes? 

Como o cérebro toma as suas decisões de forma inconsciente? Estimular esses sentidos faz toda a diferença na hora de o consumidor definir a compra.

No caso dos supermercados, essa sensação fica ainda mais aguçada, já que se trata da venda de alimentos e outros produtos perecíveis, onde organização, limpeza, higiene e visual têm ainda mais força. 

“Iluminação, apresentação do produto, organização, tudo isso tem um impacto no momento da compra. E é aí que o retail design entra, porque consegue administrar todos estes elementos de forma integrada, com a organização e disposição dos produtos e dos espaços disponíveis”, explica o publicitário.

Seguindo a lógica de compra do consumidor, um supermercado que tenha sua entrada pelo lado esquerdo, quando deveria ser pela direita, já está começando de forma equivocada, provocando um desconforto ao cliente, uma confusão que faz com que a experiência de compra não seja confortável. A loja deve ser balanceada já pensando no trajeto que o cliente percorrerá.

Opinião do especialista

Danilo Rondinelli explica que o momento de compra dentro do supermercado segue uma lógica e a disposição dos produtos deve seguir essa linha: na entrada temos os hortifrútis, porque é o momento em que o cliente está mais tranquilo e com mais disponibilidade para procurar e selecionar o produto, que exige tempo; em seguida vem a mercearia, padaria, açougue, com a compra sendo finalizada no setor de bebidas e sorvetes, produtos que requerem refrigeração.

 Assim, o consumidor deixa para o momento de finalização da compra, para que o produto não fique muito tempo fora da refrigeração.

“O retail design influencia na lógica de compra do cliente, considerando a jornada de compra dentro do supermercado, visando criar uma experiência de compra mais tranquila, sempre envolvendo o cliente no ambiente, potencializando e utilizando cada metro quadrado da loja nesta experiência de compra”, reforça o publicitário.

Caso de sucesso com o Retail Design

Empresários que investiram em um novo conceito e layout para suas lojas, usando retail design, apontam aumento no faturamento de mais de 30%. 

É o caso do Sorriso Supermercados, na cidade de Sorriso (MT), que após 38 anos de atuação passou por uma ampla reforma. 

“O projeto foi ousado, até fiquei com medo quando vi, mas o resultado foi incrível, não tem quem não fique admirado, os clientes adoram. Mudou tudo, espaços, áreas de venda, iluminação. Em menos de um ano da reforma, nosso faturamento cresceu 30%”, relata a empresária Ana Paula Albert Soares.

Não é somente na parte de loja que o retail design entra, mas na organização dos estoques também. Por falta de conhecimento, alguns estabelecimentos chegam a ter vários espaços para estoques, o que demanda um número maior de colaboradores e tempo. 

Utilizando o conceito, o estoque pode ser otimizado em um espaço só, economizando tempo, otimizando a operação e exigindo um número menor de colaboradores.

As empresas também erram quando investem na ambientação e apresentação correta, mas deixam de lado o bom atendimento e um produto de qualidade. 

Estes dois itens são essenciais para que o cliente tenha uma boa experiência com o negócio. É fundamental o estabelecimento estar integrado com a qualidade do produto e do atendimento.

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Daniela Hendler